Resultado inicial de pesquisa aponta taxa de obesidade 'alarmante' em alunos de 12 escolas de Campinas
26/04/2025
(Foto: Reprodução) Estudo em andamento quer identificar hábitos alimentares em crianças e adolescentes. Para pesquisadora, resultados podem indicar sedentarismo ou alimentação inadequada. Obesidade infantil
G1
Os resultados preliminares de uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) apontam que 36% dos alunos em doze escolas da rede municipal de Campinas (SP) apresentam sobrepeso ou obesidade.
O estudo, conduzido pela professora Cinthia Cazarin da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA), avalia crianças e adolescentes do 1º ao 9º ano. Para a pesquisadora, os resultados iniciais são alarmantes e podem indicar sedentarismo ou alimentação inadequada.
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O objetivo da pesquisa é analisar os hábitos alimentares e fazer o levantamento dos dados antropométricos — que medem o corpo humano, como peso, altura e circunferências corporais — de alunos de 6 a 15 anos em 40 escolas.
O foco é diagnosticar os principais fatores ligados ao excesso de peso e propor políticas públicas que promovam uma alimentação mais saudável.
A pesquisa é feita em parceria com as secretarias municipais de Educação e de Saúde e com a Ceasa Campinas.
Primeiros resultados
Segundo Cinthia, os números obtidos até o momento são alarmantes.
“Avaliando os dados preliminares que a gente já tem, a taxa de sobrepeso e obesidade está em torno de 36%. Essa taxa pode estar relacionada ao sedentarismo ou ao consumo alimentar não adequado”, explicou.
Embora a análise do consumo alimentar dos estudantes ainda não tenha sido concluída, os dados já apontam um padrão de comportamento preocupante para a saúde dos alunos.
Entre os hábitos observados, estão o consumo frequente de alimentos processados e de preparo rápido dentro de casa, além de resistência à alimentação oferecida nas escolas.
Próximos passos da pesquisa
O estudo começou no final de 2024. Durante a pesquisa, será feita a coleta e análise dos dados três vezes. A previsão é de que o estudo avalie cerca de 20 mil estudantes, em 40 escolas da metrópole, em três anos. Os resultados da primeira avaliação devem ser finalizados em julho de 2025.
“Nossa maior preocupação é o aumento da obesidade na infância e adolescência, e estamos comprovando isso”, afirma Cinthia. A expectativa é que os resultados ajudem a traçar estratégias mais eficazes de promoção da saúde e prevenção da obesidade infantil na rede pública.
Como são as refeições nas escolas municipais?
Nutricionistas da Ceasa reforçam que as escolas de Campinas seguem as diretrizes do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), com cardápios equilibrados e voltados à saúde infantil.
Sempre que há rejeição à comida servida nas escolas, são realizadas ações educativas, como palestras sobre a importância de uma alimentação adequada.
A pesquisa só é realizada com autorização dos pais e consentimento das crianças e adolescentes, por meio de um formulário de adesão.
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